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CABALA + CHO KU REI

  • Foto do escritor: Augusto Carneiro
    Augusto Carneiro
  • 27 de jan. de 2019
  • 4 min de leitura

Atualizado: 12 de dez. de 2023

“Deus desce ao plano físico para mostrar a verdade e o caminho.” Veremos aqui duas tradições que buscam a reintegração do ser com o todo.

Símbolo do Reiki sobre a Árvore da Vida.

É sabido que podemos traçar vários símbolos sobre o ideograma da árvore da vida, desde a estrela de Salomão, o hexagrama unicursal de Thelema, o pentagrama, a tríade sagrada, Kundalini, os chakras e etc. Sua principal finalidade é a representação das potências divinas, qualidades da psique humana, planetas e Deuses, isso por meio das esferas. Os caminhos que as ligam, guardam profunda relação com a Numerologia e Tarô fazendo dessa estrutura umas das mais completas já recebidas pelo homem. Fazendo essa breve observação percebi que ainda não havia uma análise que ligasse a Cabala, que é de tradição ocidental, com outra de cunho Oriental como por exemplo a filosofia do Reiki. Sabemos sim que há muito mais relações indiretas que ligam esses dois hemisférios. Suas correntes de pensamento são aparentemente distintas para nós por conta das metodologias e práticas, mas em conceito percebemos uma íntima similaridade, os movimentos independentes dentro da Alquimia são uma prova disso.


CABALA significa “Receber”, captar, que é o essencial para que um processo de reequilíbrio energético tenha êxito com um cliente seja qual for o tratamento terapêutico, mas falemos aqui agora em específico do Reiki.


CHO KU REI é considerado por alguns o símbolo mais importante do Reiki Usui, pois o mesmo pode ser usado isoladamente para fins distintos e imediatos tais como limpeza, proteção e potencialização. Quando traçamos mentalmente esse yantra e posteriormente afirmamos seu mantra, estamos trabalhando o nosso “querer”, nossa vontade, e com isso nos sintonizamos a essa energia cósmica imanente do universo, possibilitando-a fluir intensamente por nosso corpo e assim de forma direcionada distribuindo-a para quem necessita por meio da imposição de mãos. Há um significado atribuído ao símbolo que sintetiza bem essa técnica:

“Deus desce ao plano físico para mostrar a verdade e o caminho.”

Partindo dessa reflexão, vamos adiante. O símbolo Cho Ku Rei dentre os seus “irmãos” é o único que possui a configuração harmônica com os traços da Árvore da Vida, e diferente dos demais símbolos referenciados inicialmente no texto é o que melhor percorre por todas as esferas que tem na Árvore, desde Kether até Malkuth, a 10ª sephira, por onde todas podem ser acessadas. Malkuth é o reino, representa o mundo físico, onde é revelado o material compilado das nove emanações, o canal da manifestação. Está é uma análise pelo ponto de vista microscópico (microsopo), onde sabemos que o nosso dever é REUNIR e ASCENDER, e segundo a Cabala o homem encarnado pode muito bem se conectar com outros “mundos” e planos.


O Reiki trabalha nos diferentes planos (físico, emocional, mental e espiritual) e o Cho Ku Rei por natureza fornece a proteção e o alicerce para que os outros símbolos possam atuar, e isso fica evidente quando observamos como ele “passeia” perfeitamente pelos 4 Mundos na Árvore da Vida (Assiah, Yetzirah, Briah e Atziluth). Outra curiosidade que podemos notar em sua forma, é que sua construção é dada por 3 etapas, número esse que exprime a essência divina, a criação (Deus em seu ato criador). E dado os traços que compõem a forma, notamos 9 interseções, número do conhecimento, completude, coroamento dos esforços… é nítido que o 4, 3, e 9 são números cabalísticos por natureza.


Um dos preceitos básicos para se canalizar a energia Reiki é fazer a Meditação GASSHO que significa:

“Duas mãos se juntando, unidas ou em prece”

O que será dito nesse momento de preparação, é bastante pessoal e vai da particularidade de cada Reikiano como ele prefere conduzi-la, mas a única orientação é que se una as mãos, o que nos remete a outro hábito que vemos frequentemente nas grandes religiões e sendo realizado por mestre ilustres, mas que teve origem na Cabala. O ato de pegar a mão direita representando o pilar da misericórdia (IDEAÇÃO), e a mão esquerda representando o pilar da severidade (TRANSFORMAÇÃO), unindo ambas em integração, nasce daí o pilar central (ESTABILIZAÇÃO), conhecido como o caminho do espírito santo ou o caminho do meio, do equilíbrio perfeito. Na Cabala usa-se muito do próprio corpo humano para entendermos Deus, por isso o Catolicismo (de tradição judaica-cristã) usou e ainda usa largamente a frase:

“Imagem e semelhança de Deus”

E por fim, se formos parar para analisarmos toda geometria sagrada envolvida nos dois símbolos esse post poderia se tornar um livro, então vou me pautar em apenas uma última semiótica não menos importante que se refere as linhas do Cho Ku Rei.


Lembra da frase “...desce ao plano físico…” então, fica óbvio que o ato de declínio é marcado pela reta vertical que se encontra ao centro do símbolo, que logo em seguida toma a forma espiralada que é a configuração mais antiga conhecida pelo homem, identificada desde os desenhos rupestres dos homens da caverna, cultura celta, indígena, e que representa a fonte da criação, A VIDA, o núcleo de onde tudo nasce.


Podemos também relacionar diretamente ao PAI SOL, e a trajetória que o mesmo faz no céu. Sobrepondo o símbolo sobre a árvore vemos que o desenho se encerra em Tipheret a esfera solar. E não podemos deixar de apontar é claro que esse simples movimento carrega sutilmente praticamente todas LEIS HERMÉTICAS pois o fato de passar de cima pra baixo, da esquerda (feminino) pra direita (masculino) e num constante ciclo, nos remete de forma intuitiva as leis da correspondência, gênero, ritmo, vibração, polaridade e causa e efeito sem nem deixar dúvidas.

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